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Pobre Brasil


Minha Brasília amarela está de portas abertas,

Cofres arrombados e muita amnésia,

Atos secretos, nojentos, obscuros,

Nenhuma voz se levanta contra essa miséria?

E agora José? Teus irmãos te venderam!

É melhor da no pé,

Mas você volta!

Por que aqui é seu lugar.

Abre os teus celeiros,

De cesta básica e bolsa família.

E ta tudo resolvido! Oh Rei do Egito!

A crise não é minha, a crise é do senado!

A pizza não é minha, a pizza é do senado!

Come, relaxa e goza!

Aqui tem um bando de louco!

Quarta e domingo tem futebol

De segunda a sexta universal! Amém pessoal?

Ainda há tempo pro samba, cervejinha e carnaval.

Na avenida paulista são mais de três milhões!

Nuca antes neste país se viu nada igual.

A culpa é do Português Pedro Cabral

Roubaram todo nosso ouro! E daí?

De qualquer forma roubado seria mesmo!

Não deixem para roubar amanhã o que você pode roubar hoje.

Marchem soldados cabeça de papel,

Ninguém vai ser preso no quartel!

A crise não é minha, a crise é do senado!

A pizza não é minha, a pizza é do senado!

Come, relaxa e Goza.

Na próxima eleição o orgasmo está garantido,

É só continuar votando no mesmo partido.

Camilo, 2009

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Rede social vai eleger ‘governo global’


Plataforma pretende colocar à disposição dos usuários da rede um fórum para questões de interesse mundial, além de eleger representantes

Renata Honorato

Em um ato simbólico diante da sede da ONU, em Nova York, será lançada nesta segunda-feira uma rede social diferente, a Mynetgov. A plataforma nascida em Portugal pretende colocar à disposição dos usuários da internet um fórum para questões de interesse mundial, além de eleger representantes para um também simbólico governo planetário. O ambicioso objetivo da comunidade é influenciar decisões tomadas por governos nacionais em diferentes partes do globo.

Um debate sobre o futuro e a preservação da Amazônia, por exemplo, poderia ocorrer na rede, incentivando a elaboração de um “projeto de lei” do governo virtual. Se aprovado, passaria a ser uma causa defendida pelo Mynetgov. O processo, é claro, não tem valor legal.

Qualquer usuário a partir de 13 anos poderá se cadastrar. Todos os participantes poderão, por sua vez, se candidatar a cargos do “governo”: serão 6.000 congressistas (equivalente aos deputados federais e senadores brasileiros), doze ministros e um presidente. Haverá também “cargos” de juiz. Ao menos oito ministérios serão obrigatórios: internet, globalização, paz, educação, ambiente, esporte, cultura e humor.

A votação para a eleição dos representantes acontecerá na própria plataforma, entre os dias 15 e 31 de dezembro. A posse será no dia 1º de janeiro. Cada membro da rede votará em um candidato à presidência e em cinco representantes (congressistas) para mandatos de um ano.

“Esta será a primeira plataforma totalmente democrática”, diz Diamantino Nunes, um dos fundadores da plataforma, mais conhecido como presidente do Comitê World Bike Tour, evento ciclístico que ocorre nas cidades de Lisboa, Porto, Madri, Paris e São Paulo. “Apresentaremos o projeto à ONU e enviaremos a todos os governos, inclusive o chinês, um comunicado solicitando a participação da população”, completa, fazendo especial referência ao governo de Pequim, que mantém um rígido controle sobre a informação e a expressão no país.

Assista ao vídeo da campanha de lançamento da rede social: 

O fórum terá suporte para oito línguas: inglês, espanhol, francês, português, italiano, alemão, árabe e chinês. Quarenta pessoas participaram da concepção da ferramenta. Entre os colaboradores está um brasileiro, o deputado federal Walter Feldman (sem partido-SP), licenciado do cargo – ele está em Londres para acompanhar a preparação para a Olimpíada de 2012 a serviço da prefeitura de São Paulo, embora os jogos de 2016, no Brasil, acontecerão, como todos sabem, no Rio.

Para Feldman, o Mynetgov poderá estimular até os partidos a adotar definitivamente a internet como ferramenta para escutar a população. “O projeto será importante para a política moderna”, diz. “A ideia de colocar em prática a democracia direta, onde as decisões são tomadas com base na opinião coletiva, é muito animadora.”

Veja

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As quatro bestas do apocalipse político brasileiro.


Jair Bolsonaro, Tiririca, Jean Willys e Marco Feliciano.

Um deputado vai a um programa de humor e banca o palhaço, batendo boca com artistas de segunda linha sobre temas que devem ser discutidos com seriedade, em plenário e em comissões, tendo como base a Constituição Federal,  tais como a absurda concessão de privilégios inconstitucionais a grupos sexuais ou raciais, mas sem perder o respeito pela opinião alheia e pelo ser humano.
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Um palhaço banca o deputado e leva para dentro da Câmara Federal outros humoristas, ganhando mais de R$ 8 mil mensais, na qualidade de assessores parlamentares. O deputado palhaço será processado por racismo e quebra de decoro parlamentar.
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Se o deputado palhaço será processado pela sua destrambelhada participação em um programa humorístico, qual será o tratamento dado ao palhaço deputado que está transformando a Câmara Federal em circo? Já surgiram os advogados das partes.
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De um lado, um saltitante e ofendidíssimo deputado que só foi eleito porque ganhou um BBB, ficou famoso por ser o primeiro gay a conquistar o prêmio televisivo e que acha que quem não concorda com o homossexualismo está cometendo crime de homofobia.
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De outro, um pastor evangélico que afirma que os negros são amaldiçoados por Noé e que sobre o continente africano repousam grandes maldições como a peste e a fome, segundo a Bíblia. Aí temos uma amostra dos principais envolvidos no escândalo político da semana. Sem dúvida, são as quatro bestas do apocalipse politico brasileiro.
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Deus nos acuda!

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Deputado abre mão de verbas e diz economizar R$ 2,3 milhões


1212 Deputado abre mão de verbas e diz economizar R$ 2,3 milhõesChamado de “demagogo” por alguns colegas, o deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF) resolveu abrir mão dos benefícios e ajudas de custo parlamentar que, para ele, “são desperdício de dinheiro público”. Ainda no começo de fevereiro, ele encaminhou seis ofícios para a Diretoria da Câmara pedindo – em caráter irrevogável – os seguintes itens:

– suspensão do 14º e 15º salários que teria direito a receber;

– redução da verba de gabinete em 20% – passando de R$ 60 mil para R$ 48 mil;

– redução – de 25 para nove – do número de assessores a que teria direito;

– diminuir em mais de 80% a cota interna do gabinete. Dos R$ 23.030 a que teria direito por mês, reduziu para apenas R$ 4.600;

– acabar com o seu auxílio moradia, por, segundo descrito no ofício, entender que deputados eleitos pelo Distrito Federal não necessitem do benefício;

– acabar com a cota de passagens, também por ter sido eleito pelo DF.

A assessoria do parlamentar calculou que ele vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões nos quatro anos de mandato. “Defendo a tese de que um mandato pode ser de qualidade, custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. É o que pratiquei enquanto deputado distrital e agora enquanto federal”, afirmou Reguffe a Terra Magazine.

Se os outros 512 deputados fizessem o mesmo, a economia aos cofres públicos seria superior a R$ 1,2 bilhão, ainda segundo cálculos feitos pela equipe do parlamentar. “Consigo fazer todo o meu trabalho e cumprir a minha obrigação para com a sociedade”, afirmou, para depois destacar que com o que recebe consegue manter “assessores de qualidade” em seu gabinete.

– Eu consigo trabalhar bem com essa equipe, consigo ter um mandato bom, que me dê um suporte técnico. No meu gabinete tenho um assessor jurídico, legislativo, de imprensa, chefe de gabinete… – relata.

Para Reguffe, “o montante era excessivo, porque um deputado precisa ter assessores, mas não 25, que acaba parecendo uma estatização de cabos eleitorais”. Questionado se seus colegas de partido pretendiam seguir o mesmo caminho, o parlamentar preferiu não entrar nessa polêmica e se limitou a falar de suas iniciativas.

Apresentados os seis ofícios, alterando o orçamento de seu próprio gabinete, o deputado encaminhou à Mesa Diretora dois projetos que acabariam com o 14º e 15º salários, reduziria a verba de gabinete e o número de assessores de 25 para nove.

“Tudo o que eu proponho tenho que fazer antes no meu gabinete”, diz Reguffe, que rejeita a acusação de demagogia: “Alguns colegas acham que isso é demagogia. Seria demagogia se eu pregasse isso e não fizesse dentro do meu próprio gabinete”. E, irônico, completa: “Bom seria se fossem todos ‘demagogos’”.

foto: IstoÉ

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Capoeira uma ova!


Capoeira Practice on Dili Beach

Image by United Nations Photo via Flickr

Capoeira uma ova! A astronomia e a matemática chegaram ao Brasil bem antes! Vamos exibir ao estrangeiro as nossas crianças que não sambam, mas calculam!

E os posts sobre capoeira pra turista continuam a render. Sou refratário à idéia de que determinadas manifestações são expressões da “identidade nacional”. Eu não sei que diabo isso quer dizer. O curioso é que essa abordagem já foi, um dia, “de direita”. Vejam o Integralismo, de Plínio Salgado, por exemplo. As esquerdas, ao contrário, diziam-se internacionalistas. A sua grande irmandade seria o “proletariado”. Hoje em dia, quem investe nessa bobagem de traços formadores da identidade nacional, que teriam virtudes ainda hoje, são exatamente os esquerdistas.

Qual é o meu ponto? Eu não acho que nada disso caracteriza o “Brasil”. A identidade do país não está na capoeira, no berimbau, no pão de queijo, no catira ou no fogo de chão. Todas essas coisas, na verdade, se fossem levadas a sério, nos dividiriam. O que a música de viola do interior de São Paulo diz a um baiano? O mesmo que a capoeira diz a um caipira como eu: nada! Aliás, a maioria dos baianos não sabe dançar capoeira — imaginem o nosso Weimar com as palmas da mão plantadas no chão e as pernas pro ar… Gostamos dele porque tem os pés no chão e a cabeça nas nuvens, hehe…  Ah, sim: a maioria dos paulistas ignora a moda de viola.

Assim como não acho que “o” brasileiro se defina por isso ou aquilo, tenho um tédio mortal com as perorações regionalistas: “Ah, mineiro é assim; gaúcho é assado; cariocas, então…” Acho, sim, que se podem criar estereótipos e clichês a respeito das regiões. Como toda generalização, é uma bobagem, geralmente manipulada pela pilantragem política.

O que nos une, aí sim, é o mundo moderno, são as leis, são as exigências contemporâneas. O resto é bobagem. Por que o garoto que dança capoeira nos representa mais do que aquele que estuda matemática? Eu não sei!“Porque a matemática não ajudou a formar o Brasil!” É mesmo??? O saber acumulado nessa ciência da natureza está ausente do solo pátrio? A geometria, por exemplo, é uma importação? O Teorema de Pitágoras, por acaso, não resiste ao nosso remelexo?

Atenção! A astronomia, a matemática e a literatura aportaram no Brasil antes da capoeira! Chegaram com a primeira caravela. A rigor, vieram dar nestas terras antes de chegarem ao que hoje são os Estados Unidos!

Então está decidido: quando chegar um novo chefe de estado ao Brasil, vamos fazer uma demonstração dos nossos meninos e meninas dedicados à astronomia e à matemática. Talvez seja um tanto aborrecido. Não mais do que a capoeira, paranauê, paranauê, paraná…  A astronomia e a matemática têm prioridade histórica! Vamos exibir ao estrangeiro as nossas crianças que não sambam, não dão piruetas, mas calculam!

Por Reinaldo Azevedo

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